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Mais de 1.300 pessoas continuam desaparecidas na PB, afirma promotora

O desaparecimento de mais de 1300 pessoas na Paraíba, nos últimos 13 anos, tem levado muitas famílias a seguirem a vida com o sentimento e a dor de um “luto que não termina” na busca pela verdade do paradeiro do ente querido. Quem comenta essa problemática é a promotora de Justiça Elaine Cristina Alencar, que integra o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid/ MPPB).

“São famílias cansadas de uma espera que não acaba e que não permitem encerrar essa situação sem que haja uma resposta. Muitas vezes um desaparecido aqui foi localizado em outro Estado, cuja informação não foi possível ser cruzada pelos órgãos primários de atendimento”, afirma à promotora. Desde que foi criado, em 2018, o Plid tem atuado para “juntar pontas soltas” e ajudar a elucidar desaparecimentos de pessoas, disponibilizando informações sobre as vítimas no Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid), dentre outras medidas.

De acordo com um relatório elaborado pela Polícia Civil do Estado e apresentado ao Ministério Público da Paraíba recentemente, em apenas 18 meses (outubro de 2018 a março deste ano), foram registrados 565 desaparecimentos, sendo que 81 deles ainda não foram resolvidos e passarão a ser acompanhados pelo Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid/MPPB).

Conforme explicou a promotora de Justiça, com os 81 casos encaminhados este mês pela Polícia Civil, o programa passa a atuar em 93 desaparecimentos, o que representa apenas 6,8% das 1.370 pessoas que sumiram, desde 2007 no Estado, e não foram encontradas até hoje.

“Além do que há uma subnotificação, que ocorre em todo o país e também aqui no Estado. O que se pode dizer de forma geral sobre desaparecimento no Brasil é que as causas estão ligadas à voluntariedade, violência e conflitos domésticos, pessoas idosas e senis e com doenças mentais além da drogadição, quando pessoas acabam em situação de rua por força do uso de drogas”, finalizou Elaine.

 

Redação

Piancó - LGNET

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