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Lula mexe, sem mexer, nas fraudes do INSS

Finalmente Carlos Lupi, que jamais deveria ter sido nomeado ministro da Previdência, caiu. O historicamente “todo-enrolado” com a Justiça entregou o cargo na sexta-feira, 2, após o escândalo bilionário de fraudes no INSS, que surrupiou mais de R$ 6 bilhões dos bolsos de aposentados e pensionistas, entre 2019 e 2024.

O agora ex-ministro sempre se disse alheio ao esquema, mas documentos mostram que foi alertado sobre as irregularidades ainda em junho de 2023 e não tomou providências. Lupi, recentemente, se declarou o responsável pela indicação do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, afastado por ordem judicial após a Operação Sem Desconto.

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria Geral da União (CGU) revelaram um esquema de descontos indevidos de benefícios, com associações criminosas cadastrando beneficiários sem consentimento, para lhes cobrar mensalidades ilegais. O esquema teve início ainda durante o governo de Jair Bolsonaro, mas ganhou dimensão nos últimos dois anos.

O bom e velho PT

Para ocupar o cargo de Lupi, Lula nomeou Wolney Queiroz, ex-deputado federal pelo PDT-PE e até então secretário executivo da Pasta. Queiroz, um outro aliado de Carlos Lupi, assume o ministério prometendo “resgatar a confiança dos brasileiros na Previdência“. Se há motivos para acreditar no pedetista, eu os desconheço.

A mais nova fraude no INSS é apenas outro capítulo na série de escândalos de corrupção protagonizados por governos lulopetistas, como o mensalão, o petrolão e a operação Lava Jato. E a demissão tardia de Carlos Lupi é tão somente mera tentativa de conter os danos, pois sabemos muito bem como o lulopetismo se comporta em relação ao tema.

A nomeação de Wolney Queiroz – não confundir com o carequinha Queiroz, operador das rachadinhas do clã Bolsonaro – visa manter o PDT na base aliada de Lula. Enquanto isso, aposentados e pensionistas aguardam o ressarcimento. A promessa é de que os recursos roubados serão devolvidos. Adivinhem, contudo, com o dinheiro de quem.

Por Ricardo Kertzman – O Antagonista

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