“Pichação de facção era farsa”: secretário detalha prisão do ex-marido que matou policial penal em Patos

O secretário de Administração Penitenciária da Paraíba, João Alves, revelou detalhes impactantes sobre o assassinato da policial penal Edivânia Limeira da Silva, de 43 anos, encontrada morta dentro da própria casa, no bairro Jardim Magnólia, em Patos, no último sábado (8). A entrevista foi concedida nesta segunda-feira (10), ao programa Ô Paraíba Boa, com Fabiano Gomes, Jaceline Marques e Clauber Beserra.
A policial, que trabalhava há 13 anos no Presídio Feminino de Patos, foi assassinada ainda fardada — indicando que o crime ocorreu logo após ela chegar do trabalho.
Logo na chegada da equipe de policiais, duas inscrições chamaram atenção: “CV” (Comando Vermelho) pichado numa parede e “X9” em outro cômodo. A cena levantou, inicialmente, suspeita de execução ligada ao crime organizado.
Mas, segundo o secretário, tudo não passou de uma tentativa de despistar a autoria do assassinato.
Pichação era falsa
“Essa informação da pichação nos causou uma grande apreensão. Mas logo percebemos inconsistências”, disse João Alves.
O secretário afirmou que o próprio suspeito — o ex-marido da vítima — ligou para a diretora do presídio dizendo que não conseguia contato com Edivânia desde quinta-feira e pediu ajuda para descobrir o que estava ocorrendo.
A diretora foi até o local com uma equipe e encontrou o corpo. A partir daí, a investigação foi acionada.
Ex-marido virou principal suspeito imediatamente
Segundo João Alves, um policial penal relatou ter visto o ex-marido em Patos na quinta-feira — o que levou a polícia a apontá-lo como principal suspeito.
Ainda segundo o secretário, a morte provavelmente ocorreu na quinta-feira, pois Edivânia ainda estava com o uniforme da unidade prisional.
A tentativa frustrada de escapar
O delegado responsável chegou a ligar para o suspeito pedindo que ele comparecesse para receber o corpo da vítima e prestar esclarecimentos. O homem disse que iria, chegou a pegar estrada, mas voltou atrás repentinamente.
“Provavelmente recebeu algum aviso”, disse o secretário.
A polícia já estava monitorando. Barreiras foram montadas no interior de Pernambuco, e o suspeito foi capturado em Caetés, junto com o irmão e a cunhada, na noite de sábado (8).
Preso no PB1 por segurança
Por questão de segurança, o suspeito foi transferido de Patos para João Pessoa. Policiais penais da cidade trabalhavam diretamente com a vítima, e havia risco de represálias dentro da unidade prisional local.
O ex-marido está atualmente recolhido no PB1, na capital.
“Agora seguimos reunindo provas para levar o caso ao Judiciário”, afirmou o secretário.
O assassinato de Edivânia gerou forte comoção entre colegas de trabalho e moradores de Patos, que exigem rigor absoluto no julgamento do crime.







