CVN BRASIL

Flávio Dino volta a ser alvo de críticas por relatar ações da COVID no STF contra Bolsonaro; ministro responde por compra de respiradores

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, voltou a ser alvo de críticas em razão de sua atuação como relator de processos relacionados à pandemia da COVID-19. A controvérsia se deve ao fato de que, quando governador do Maranhão e integrante do Consórcio Nordeste, Dino participou da compra de 30 respiradores por R$ 4,9 milhões, pagos antecipadamente e nunca entregues.

O caso foi investigado pelo Ministério Público Federal em 2020, mas Dino não chegou a se tornar réu por contar com foro privilegiado, que blindou o processo. Agora, de forma considerada contraditória por críticos, o mesmo ministro conduz no STF ações ligadas à pandemia e determinou a abertura de investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O contraste chama atenção: enquanto Dino foi beneficiado pelo foro privilegiado e não enfrentou processo, Bolsonaro passou por uma CPI da Pandemia que pediu seu indiciamento por crimes como prevaricação, charlatanismo, epidemia com resultado morte e até crimes contra a humanidade. Além disso, o ex-presidente é alvo de inquéritos no STF por declarações falsas sobre vacinas e pela omissão na crise de oxigênio em Manaus.

Segundo o artigo 254 do Código de Processo Penal, magistrados devem se declarar suspeitos quando houver interesse ou ligação que comprometa a imparcialidade. Já a Constituição Federal prevê que ministros do STF podem ser processados pelo Senado em casos de crimes de responsabilidade.

Para críticos, a postura de Flávio Dino compromete a credibilidade da Suprema Corte, ao atuar como julgador em temas que remetem a situações em que ele próprio foi investigado no passado.

Piancó - LGNET

Artigos relacionados

DEIXAR UM COMENTÁRIO

Política de moderação de comentários: A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro ou o jornalista responsável por blogs e/ou sites e portais de notícias, inclusive quanto a comentários. Portanto, o jornalista responsável por este Portal de Notícias reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal e/ou familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.
Botão Voltar ao topo