João Azevêdo: ‘Não consigo entender que ganho terá alguém que se afastar do grupo’

O governador João Azevêdo (PSB) questionou, na manhã desta segunda-feira (11), o movimento de aliados que abriram diálogo com setores da oposição visando a sucessão estadual. Para o socialista, as decisões sobre os caminhos que cada um percorrer trarão perdas e ganhos, reforçando a necessidade de manter “o grupo unido”.
“É natural na política que as pessoas tenham seu projeto pessoal. Eu faço projeto de grupo. Eu insisto na possibilidade estarmos juntos, até porque tem que se fazer a conta de perder e ganhar. Às vezes se anuncia uma coisa que eu não consigo entender, sinceramente, que ganho terá alguém que se afastar do grupo para fazer uma disputa?”, questionou, pregando, novamente, a unidade da base governista.
Azevêdo sugeriu, ainda, que o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e o deputado Adriano Galdino (Republicanos) precisam fazer uma análise de que “estando no projeto [governista] quais os ganhos que terão e estando fora quais são os prejuízos”. Os dois políticos disputam internamente com o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) a definição de quem será o nome escolhido por João par sucessão estadual.
“Estamos trabalhando dentro de um projeto de um grupo. Política é fazer caminhada junto em busca de um projeto. Se alguém acha que não deve fazer essa caminhada junto, escolha seu caminho, isso é natural. Você não pode obrigar a ninguém a caminhar junto. Não vamos forçar ninguém a ficar no grupo. O que vai ser apresentado são argumentos de que pessoas continuando no grupo terão muito mais benefícios de que não estando no grupo”, avisou durante lançamento do Paraíba World Beach Games, em João Pessoa.
Participação de Cícero na majoritária
Azevêdo usou uma analogia futebolística para sugerir que o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), talvez não seja o nome escolhido para encabeçar a chapa majoritária. Ele foi questionado sobre como seria a participação de Cícero nesse “projeto” e se Lucena seria a opção para “encabeçar” a majoritária.
“O prefeito está dentro do projeto. Que posição vai estar é outra coisa. Não sei o que você [repórter] chama de encabeçar. O prefeito está em nosso projeto, é aliado nosso. Nas nossas conversas nunca demonstrou a intenção de romper. Às vezes tem hora de jogar no meio-campo e às vezes tem a hora de jogar na lateral”, concluiu.
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