CVN BRASIL

Câmara aprova aumento de pena para furto de fios das redes de energia e telefonia

Um projeto de lei que aumenta as penas para furto, roubo e receptação de cabos de energia, telefonia e internet, foi aprovado pela Câmara dos Deputados na terça-feira (8). A proposta também endurece punições para quem interrompe serviços públicos por causa desses crimes. O texto segue agora para sanção do presidente da República.

Com a nova regra, a pena de furto de fios, cabos e equipamentos sobe de 1 a 4 anos para 2 a 8 anos de prisão. No caso de roubo, a pena de 4 a 10 anos poderá chegar a 12 anos, dependendo do caso. A lei também abrange materiais de ferrovias, metrôs e serviços como transporte e saneamento.

A receptação — ou seja, a compra, venda ou armazenamento de materiais roubados — também terá punições mais severas: penas dobradas, podendo chegar a até 16 anos de prisão.

O texto prevê ainda que empresas de comunicação ou energia que usarem fios roubados podem ser punidas com multa, suspensão ou até perda da concessão. A atividade passa a ser considerada clandestina.

O projeto teve origem na Câmara e foi relatado pelo deputado Otoni de Paula (MDB-RJ). Uma das justificativas foi o alto custo dos crimes para os serviços públicos, como os R$ 500 milhões em prejuízos com furto de cabos só em São Paulo em 2023, segundo dados citados durante o debate.

Em relação à lavagem de dinheiro, as penas também foram aumentadas, podendo variar de 2 a 12 anos, caso os recursos tenham origem em crimes como furto ou roubo de fios.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) serão responsáveis por definir as regras para quando empresas deixarem de cumprir obrigações por causa desses crimes.

Piancó - LGNET

Artigos relacionados

DEIXAR UM COMENTÁRIO

Política de moderação de comentários: A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro ou o jornalista responsável por blogs e/ou sites e portais de notícias, inclusive quanto a comentários. Portanto, o jornalista responsável por este Portal de Notícias reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal e/ou familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.
Botão Voltar ao topo