Maior clínica para jovens trans nos EUA é fechada e Trump impõe medidas ainda mais duras para “tratamentos de gênero”

A maior clínica pediátrica voltada a jovens transgêneros dos Estados Unidos, localizada no Hospital Infantil de Los Angeles, fechou as portas após uma ordem executiva do presidente Donald Trump.
A medida faz parte da nova política federal “Protegendo Crianças contra Mutilações Químicas e Cirúrgicas”, que proíbe o uso de recursos públicos em tratamentos de afirmação de gênero para menores de 19 anos.
Clínica oferecia hormônios, bloqueadores e cirurgias
O centro era referência no atendimento, oferecendo bloqueadores de puberdade, hormonioterapia e cirurgias. Era também uma das poucas unidades a aceitar seguros públicos.
O Departamento de Justiça informou que médicos e instituições que prestaram esses serviços estão sob investigação e podem responder judicialmente.
Fechamentos se espalham por outros estados
O encerramento em Los Angeles reflete um movimento nacional. Clínicas na Califórnia, Nova York, Illinois e Washington D.C. também anunciaram o fim ou a redução dos serviços para jovens trans.
Governo promete endurecer punições
Enquanto famílias e defensores dos direitos LGBTQ+ manifestam preocupação com perseguições judiciais, o governo Trump declarou que elas foram “vítimas de uma ideologia distorcida” e prometeu medidas mais duras contra procedimentos médicos considerados irreversíveis.
Debate sobre gênero e política continua acirrado
O episódio reacende o debate sobre identidade de gênero, infância e política nos EUA, evidenciando que o tema permanece como um dos mais polarizados do país.
Dados recentes sobre jovens trans no Brasil
No Brasil, embora haja lacunas em levantamentos governamentais, estudos indicam que cerca de 2 % da população adulta se identifica como transgênero ou não-binária — o que representa aproximadamente 3 milhões de pessoas no país. Além disso, mais de 9 mil estudantes trans estão matriculados em escolas públicas estaduais brasileiras, segundo dados de 2025.
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